A dengue é uma doença
infecciosa causada por um arbovírus, que
ocorre principalmente em áreas tropicais e
subtropicais do mundo, inclusive no Brasil.
É de transmissão essencialmente urbana,
ambiente no qual se encontram todos os
fatores fundamentais para sua ocorrência: o
homem, o vírus, o vetor e, principalmente,
as condições políticas, econômicas e
culturais formando a estrutura que
possibilita e mantém a cadeia de
transmissão.
A dengue pode ser transmitida
por duas espécies de mosquitos (Aëdes
aegypti e Aëdes albopictus), que
picam durante o dia, ao contrário do
mosquito comum (Culex), que pica
durante a noite (CIVES, 2006).
O Aëdes aegypti,
proliferam-se dentro ou nas proximidades de
habitações (casas, apartamentos, hotéis etc)
em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água,
cisternas, latas, pneus, cacos de vidro,
vasos de plantas). As bromélias, que
acumulam água na parte central (aquário),
também podem servir como criadouros. A
transmissão da dengue é mais comum em
cidades. Também pode ocorrer em áreas
rurais, mas é incomum em locais com
altitudes superiores a 1200 metros.
A Dengue se apresenta em duas
formas, sendo uma de evolução mais branda,
forma Clássica e outra mais grave, na forma
de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD). Após a
picada do mosquito, se este estiver
infectado com o vírus passa para o
hospedeiro que é o ser humano podendo este
desenvolver a doença ou não, ou seja, aquele
que não desenvolve a patologia é denominado
de doente assintomático ou portador são,
enquanto que aquele que desenvolve a doença
é chamado de sintomático. O período de
incubação da patologia varia de 3 a 15 dias,
sendo em média de 5 a 6 dias (BRASIL, 2005).
O quadro clínico da dengue na
grande maioria dos casos (mais de 95%),
causa desconforto e transtornos, mas não
coloca em risco a vida das pessoas. As
manifestações iniciais são: febre alta, dor
de cabeça, muita dor no corpo e, às vezes,
vômitos. É freqüente que, 3 a 4 dias após o
início da febre, ocorram manchas vermelhas
na pele, parecidas com as do sarampo ou
rubéola, e prurido ("coceira"). Também é
comum que ocorram pequenos sangramentos
(nariz, gengivas) (CIVES, 2006).
O combate ao mosquito deve
ser feito de duas maneiras: eliminando os
mosquitos adultos e, principalmente,
acabando com os criadouros de larvas. Para
isso é importante que recipientes que possam
encher-se de água sejam descartados ou
fiquem protegidos com tampas. Qualquer
recipiente com água e sem tampa, inclusive
as caixas d'água, podem ser criadouros dos
mosquitos que transmitem dengue.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde.
Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia.
Guia de vigilância epidemiológica.
5 ed.
Brasília, 2005.
CIVES. Centro de Informação
em Saúde para Viajantes. Faculdade de
Medicina. Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Disponível em: <www.cives.ufrj.br/informacao/viagem/infeccoes.html>.
Acesso em: 18 set. 2006
MURRAY,P; ROSENTHAL, K.;
KOBAYASHI, G.; PFALLER, M. Microbiologia
Médica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000.
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