A hepatite é doença
infecciosa aguda, causada por vírus. Existem
pelo menos cinco tipos de vírus, designados
de A até E, que são considerados vírus da
hepatite. Embora o fígado seja o órgão-alvo
de cada um destes vírus, eles diferem
bastante na sua estrutura, forma de
transmissão e evolução da doença por eles
causada (MURRAY; ROSENTHAL; KOBAYASHI;
PFALLER, 2000).
No caso dessa pesquisa,
estudaremos apenas as hepatites A e E, que
são causadas por meio da ingestão de água e
alimentos contaminados.
Segundo Murray, Rosenthal,
Kobayashi e Pfaller (2000, p.434) “Cerca de
40% dos casos agudos de hepatite são
causados pelo vírus da hepatite A (HAV)”.
Conforme comentado anteriormente, é
transmitido por via orofecal: na água e
alimentos contaminados e através das mãos
sujas, em que sua incidência relativamente
alta, está diretamente relacionada com as
condições precárias de higiene e as
aglomerações excessivas. Os indivíduos
infectados pelo HAV nos países em
desenvolvimento consistem, em sua maioria,
em crianças, já nos países desenvolvidos, a
infecção ocorre numa fase mais tardia da
vida.
O Brasil tem risco elevado
para a aquisição de hepatite A, em razão de
condições deficientes ou inexistentes de
saneamento básico, nas quais é obrigada a
viver grande parte da população, inclusive
nos grandes centros urbanos (CIVES, 2006).
Os sintomas causados pelo HAV
decorrem de lesão hepática, febre, fadiga,
náusea, perda do apetite e dor abdominal,
raramente produz doença fatal.
A transmissão do HAV pode ser
evitada através das medidas de prevenção
contra doenças transmitidas por
água e alimentos, da vacinação.
As
medidas de proteção incluem
tratamento da água potável com cloro,
consumo de alimentos cozidos e lavagem
apropriada das mãos, particularmente nas
creches.
A transmissão, os sintomas e
a evolução da hepatite E, assemelham-se
muito aos da doença causada pela HAV (MURRAY;
ROSENTHAL; KOBAYASHI; PFALLER, 2000).
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde.
Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia.
Guia de vigilância epidemiológica.
5 ed.
Brasília, 2005.
CIVES. Centro de Informação
em Saúde para Viajantes. Faculdade de
Medicina. Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Disponível em: <www.cives.ufrj.br/informacao/viagem/infeccoes.html>.
Acesso em: 18 set. 2006
MURRAY,P; ROSENTHAL, K.;
KOBAYASHI, G.; PFALLER, M. Microbiologia
Médica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000.
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